2016 - Delicioso retorno e gratíssima surpresa
Lionel Fischer
Quase que invariavelmente, ao longo dos últimos 26 anos escrevi retrospectivas sobre as temporadas teatrais - fiz isso nas revistas Manchete, Visão e Cadernos de Teatro (O Tablado), e nos jornais O Globo, Última Hora e Tribuna da Imprensa. Nessas retrospectivas assinalava os trabalhos que mais me impressionaram, em todas as categorias, especificando as razões de minhas escolhas.
Agora, no entanto, resolvi abordar a temporada teatral de 2016 sob uma perspectiva muito pessoal, mencionando apenas dois momentos que muito me emocionaram: meu retorno efetivo ao teatro (sem prejuízo da crítica teatral e do meu trabalho como jurado nos prêmios CESGRANRIO e APTR) e a gratíssima revelação de Claudia Mauro como autora e atriz dramática.
Boa noite, professor
Escrevi esse texto em parceria com minha filha mais jovem, Julia Stockler, e juntos também respondemos pela direção do espetáculo, que esteve em cartaz no Tablado em agosto e setembro. E para os que não sabem, há dez anos Julia passou a dar aulas comigo no espaço criado por Maria Clara Machado há 65 anos.
Mas que ninguém imagine que sairei tecendo elogios ao que fizemos, pois isto seria por demais cabotino. O que me faz mencionar este trabalho tem a ver, em primeiro lugar, com a confiança de Cacá Mourthé (diretora artística da casa) no projeto e na ajuda que prestou em todas as suas etapas - a ela, portanto, minha eterna gratidão. E depois pela possibilidade que tive de trabalhar com dois excelentes intérpretes (Ricardo Kosovski e Nina Reis) e a honra de contar com a colaboração de dois amigos da vida inteira, os excepcionais artistas José Dias (Cenografia) e Aurélio de Simoni (Iluminação).
Tive também o privilégio de ter como parceiro alguém que sempre admirei muitíssimo, mas a quem não conhecia pessoalmente: o maravilhoso músico Tato Taborda. Outro encontro marcante foi com a figurinista Ana Carolina Lopes e com o diretor de movimento Renato Linhares. A todos agradeço do fundo do coração as inestimáveis colaborações, às quais se somam as de Victor Hugo Cecatto (Programação Visual) Guga Melgar (Fotografia), João Sant'Anna (Produção Executiva), Fernando do Val (Direção de Produção) e Daniella Cavalcanti (Assessoria de Imprensa). E se os sempre caprichosos Deuses do Teatro assim o permitirem, Boa noite, professor haverá de voltar ao cartaz, quem sabe ainda em 2017.
A vida passou por aqui
Uma das características mais curiosas de nossa espécie diz respeito à mania que temos de aprisionar os outros em perfis que julgamos serem os corretos, sem jamais levarmos em conta a possibilidade desses perfis serem apenas parciais. E aqui chego a Claudia Mauro.
Como todos sabemos, a atriz possui longa e sólida carreira, mas grande parte dela voltada para o humor (no teatro e na televisão) e para os musicais. Assim, uma questão se impunha: seria ela capaz de realizar um trabalho essencialmente dramático, ainda que não dispensando pitadas de humor?
E quanto à escrita? Até meados do segundo semestre, será que alguém a imaginava capaz de produzir um texto com tamanha densidade, lirismo e percepção de nossa infinita capacidade de amar e se reconhecer no outro?
A ambas as questões, A vida passou por aqui nos ofertou respostas que, numa escala de zero a dez, mereceriam onze!
Como atriz, Claudia Mauro simplesmente me arrebatou. Não que a imaginasse incapaz de realizar uma performance dramática, apenas desconhecia esse potencial, daí minha gratíssima surpresa. Tanto em termos vocais como corporais, a atriz exibiu um patamar de excelência que me causou assombro, assim como me assombrou sua capacidade de passar da velhice da personagem à sua juventude numa fração de segundos, sempre de forma absolutamente convincente. Sem dúvida, e sob todos os aspectos, uma das mais brilhantes interpretações de 2016.
Com relação ao texto, aí minha comoção foi total. Não em termos formais, não em termos de estrutura, mas na maneira como Claudia Mauro, partindo de sua história pessoal, conseguiu criar uma peça que mexe profundamente com nossas emoções, já que em sua essência repousa algo que todos possuímos: nossas recordações familiares e, em especial, aquelas que dizem respeito aos nossos pais. Sem dúvida, e sob todos os aspectos, um dos textos mais relevantes da temporada de 2016. E também desejo que A vida passou por aqui retorne aos nossos palcos ainda em 2017.
No mais, a todos desejo que este réveillon que se avizinha seja o mais feliz de suas vidas!!!
Um beijo em todos,
Eu
terça-feira, 27 de dezembro de 2016
terça-feira, 13 de dezembro de 2016
Teatro/CRÍTICA
"As palavras e as coisas"
...............................................
Afetos e descontroles
Lionel Fischer
Duas mulheres se reencontram na sala de espera de uma UTI. Dentro desta, um homem (Matéi) agoniza, vítima de um acidente de carro logo após a noite de autógrafos de seu último romance, "Macau". Ao longo da narrativa, realidade e fantasia se alternam, e somos levados a crer que as duas mulheres são personagens do romance e a relação de ambas com o homem constitui a matéria essencial do livro. Finalmente, um curioso detalhe: sempre que vivenciam algo de grande intensidade emocional, as mulheres vomitam objetos.
Eis, em resumo, o contexto em que se dá "As palavras e as coisas", em cartaz no Espaço Cultural Sergio Porto. Pedro Brício responde pelo texto e pela direção do espetáculo, estando o elenco formado por Branca Messina, Lúcia Bronstein, Gabriel Pardal e Daniela Kupek.
Não sei se Pedro Brício titulou sua peça reportando-a a "As palavras e as coisas: uma arqueologia das ciências humanas", de Michel Foucault. Mas suponhamos que sim. Então, o que teriam a ver uma com a outra? Vamos a um resumo sumaríssimo, quase constrangedor, do ensaio do filósofo francês.
No ano em que o publicou (1966), Foucault estava numa fase dita arqueológica, na qual empreendia uma espécie de arqueologia das ciências humanas, com o objetivo de refutar uma visão linear e progressiva da História. Se aplicada ao teatro, tal refutação pode ser entendida como uma rejeição a narrativas que se estabelecem através da cronologia dos fatos, sem qualquer espécie de ruptura temporal, e cuja linearidade excluiria a possibilidade de existirem múltiplas camadas de apreensão. Mas em se tratando da dramaturgia contemporânea, isto não constitui nenhuma novidade.
Assim sendo, restaria a possibilidade de Brício ter priorizado a constatação feita por Foucault - e não apenas por ele, evidentemente - de que na Idade Média as palavras e as coisas eram equivalentes, não havia distinção entre elas. A palavra "cavalo" designava um cavalo, e nada além disso. E se um quadro exibia um vaso de flores, seu título seria "Flores". Ou seja: esse tipo de relação com o objeto excluía o sujeito e sua singularidade, impedindo-o, por exemplo, de se ver tomado por profunda angústia diante de uma tela que reproduzisse um objeto ou uma cena cotidiana perfeitamente reconhecíveis.
Já me desculpando por esta divagação um tanto extensa e nem sei se pertinente, voltemos ao texto de Brício. Aqui, como já dito, as personagens eventualmente vomitam objetos. É claro que isto não pode ser entendido como uma manifestação real. Mas em que sentido deve ser entendida? Trata-se apenas de um efeito visando curioso e hilário estranhamento? Isso seria gratuito. Mas será que as coisas vomitadas possuem um significado inerente às personalidades em questão? Ou estaria o autor sugerindo que todos nós, ainda que de forma inconsciente, vivemos vomitando coisas sempre que as palavras se revelam impotentes perante a vida? Na dúvida, fico com esta última hipótese.
Mas ainda que o texto em questão tenha me suscitado mais dúvidas do que certezas - o que não é mau, evidentemente - acredito que "As palavras e as coisas" talvez possa ser entendida como uma peça que fala basicamente de afetos e descontroles, sendo ambos indissociáveis. E este conteúdo essencial vem expresso através de uma narrativa que prende a atenção do espectador ao longo de todo o espetáculo, tanto através de suas surpreendentes peripécias como pelo permanente embate entre as personalidades retratadas.
Com relação ao espetáculo, Pedro Brício impõe à cena uma dinâmica em total sintonia com o material dramatúrgico, apostando visceralmente tanto no estranhamento como no humor, sem se descuidar das passagens em que os múltiplos e contraditórios afetos são trabalhados com a seriedade que merecem. E se a isto somarmos o bom desempenho de todo o elenco, não resta dúvida de que aos espectadores está sendo oferecido um produto capaz de divertir e gerar reflexões.
Na equipe técnica, Tomás Ribas ilumina a cena com a habitual sensibilidade, sendo muito expressiva a cenografia de Tuca. Cabe também destacar a instigante trilha sonora de Joana Guimarães e Pedro Brício. Com relação aos ótimos figurinos, estes foram supervisionados pelo sempre competente Antônio Guedes.
AS PALAVRAS E AS COISAS - Texto e direção de Pedro Brício. Com Branca Messina, Lúcia Bronstein, Gabriel Pardal e Daniela Kupek. Espaço Cultural Sergio Porto. Sábado e segunda, 21h. Domingo, 20h.
"As palavras e as coisas"
...............................................
Afetos e descontroles
Lionel Fischer
Duas mulheres se reencontram na sala de espera de uma UTI. Dentro desta, um homem (Matéi) agoniza, vítima de um acidente de carro logo após a noite de autógrafos de seu último romance, "Macau". Ao longo da narrativa, realidade e fantasia se alternam, e somos levados a crer que as duas mulheres são personagens do romance e a relação de ambas com o homem constitui a matéria essencial do livro. Finalmente, um curioso detalhe: sempre que vivenciam algo de grande intensidade emocional, as mulheres vomitam objetos.
Eis, em resumo, o contexto em que se dá "As palavras e as coisas", em cartaz no Espaço Cultural Sergio Porto. Pedro Brício responde pelo texto e pela direção do espetáculo, estando o elenco formado por Branca Messina, Lúcia Bronstein, Gabriel Pardal e Daniela Kupek.
Não sei se Pedro Brício titulou sua peça reportando-a a "As palavras e as coisas: uma arqueologia das ciências humanas", de Michel Foucault. Mas suponhamos que sim. Então, o que teriam a ver uma com a outra? Vamos a um resumo sumaríssimo, quase constrangedor, do ensaio do filósofo francês.
No ano em que o publicou (1966), Foucault estava numa fase dita arqueológica, na qual empreendia uma espécie de arqueologia das ciências humanas, com o objetivo de refutar uma visão linear e progressiva da História. Se aplicada ao teatro, tal refutação pode ser entendida como uma rejeição a narrativas que se estabelecem através da cronologia dos fatos, sem qualquer espécie de ruptura temporal, e cuja linearidade excluiria a possibilidade de existirem múltiplas camadas de apreensão. Mas em se tratando da dramaturgia contemporânea, isto não constitui nenhuma novidade.
Assim sendo, restaria a possibilidade de Brício ter priorizado a constatação feita por Foucault - e não apenas por ele, evidentemente - de que na Idade Média as palavras e as coisas eram equivalentes, não havia distinção entre elas. A palavra "cavalo" designava um cavalo, e nada além disso. E se um quadro exibia um vaso de flores, seu título seria "Flores". Ou seja: esse tipo de relação com o objeto excluía o sujeito e sua singularidade, impedindo-o, por exemplo, de se ver tomado por profunda angústia diante de uma tela que reproduzisse um objeto ou uma cena cotidiana perfeitamente reconhecíveis.
Já me desculpando por esta divagação um tanto extensa e nem sei se pertinente, voltemos ao texto de Brício. Aqui, como já dito, as personagens eventualmente vomitam objetos. É claro que isto não pode ser entendido como uma manifestação real. Mas em que sentido deve ser entendida? Trata-se apenas de um efeito visando curioso e hilário estranhamento? Isso seria gratuito. Mas será que as coisas vomitadas possuem um significado inerente às personalidades em questão? Ou estaria o autor sugerindo que todos nós, ainda que de forma inconsciente, vivemos vomitando coisas sempre que as palavras se revelam impotentes perante a vida? Na dúvida, fico com esta última hipótese.
Mas ainda que o texto em questão tenha me suscitado mais dúvidas do que certezas - o que não é mau, evidentemente - acredito que "As palavras e as coisas" talvez possa ser entendida como uma peça que fala basicamente de afetos e descontroles, sendo ambos indissociáveis. E este conteúdo essencial vem expresso através de uma narrativa que prende a atenção do espectador ao longo de todo o espetáculo, tanto através de suas surpreendentes peripécias como pelo permanente embate entre as personalidades retratadas.
Com relação ao espetáculo, Pedro Brício impõe à cena uma dinâmica em total sintonia com o material dramatúrgico, apostando visceralmente tanto no estranhamento como no humor, sem se descuidar das passagens em que os múltiplos e contraditórios afetos são trabalhados com a seriedade que merecem. E se a isto somarmos o bom desempenho de todo o elenco, não resta dúvida de que aos espectadores está sendo oferecido um produto capaz de divertir e gerar reflexões.
Na equipe técnica, Tomás Ribas ilumina a cena com a habitual sensibilidade, sendo muito expressiva a cenografia de Tuca. Cabe também destacar a instigante trilha sonora de Joana Guimarães e Pedro Brício. Com relação aos ótimos figurinos, estes foram supervisionados pelo sempre competente Antônio Guedes.
AS PALAVRAS E AS COISAS - Texto e direção de Pedro Brício. Com Branca Messina, Lúcia Bronstein, Gabriel Pardal e Daniela Kupek. Espaço Cultural Sergio Porto. Sábado e segunda, 21h. Domingo, 20h.
quinta-feira, 8 de dezembro de 2016
OFICINA GRATUITA NA SEDE DAS CIAS
‘Atuação entre o teatro e o cinema: a performatividade do instante’.
Rodrigo Fischer, criador do Grupo Desvio, de Brasília, ministra curso nos dias 16 e 17 de dezembro, das 13h às 18h.
Diretor do Grupo Desvio, uma das mais emblemáticas companhias teatrais de Brasília, Rodrigo Fischer ministra no Rio de Janeiro a oficina ‘Atuação entre o teatro e o cinema: a performatividade do instante’. Voltada para atores e diretores de teatro e cinema, as aulas acontecem na Sede das Cias, na Lapa, nos dias 16 e 17 de dezembro (sexta e sábado), das 13h às 18h. A oficina faz parte do projeto de circulação da peça ‘Misanthrofreak’, em cartaz no mesmo espaço, de 15 a 18 de dezembro de 2016, com financiamento do Fundo de Apoio à Cultura do Distrito Federal. A inscrição é gratuita e deve ser feita mediante envio de currículo para o email clauproducao@gmail.com.
Por meio da técnica Meisner de atuação e sua atualização dentro do contexto do teatro performativo, a oficina pretende fundamentar importantes características técnicas para o ator, na fronteira teatro-cinema. Serão aprimoradas habilidades como escuta, impulso, resposta e reação espontânea, além de desenvolver um estado de presença que permita a efetivação de ações menos engessadas. A partir de exercícios práticos e improvisações, será introduzido o conceito de estado de devir: aquele que prioriza a potência do silêncio, do mistério, das micro percepções e da ambiguidade no instante por meio da tensão entre realidade e ficção. O desenvolvimento desses conceitos pretende permitir que o ator identifique seu próprio caminho para ‘performar’ no palco, mediado por uma câmera.
“A proposta do curso é que os participantes possam aprimorar a condução da performance tanto no set como no palco. A ênfase na ‘performatividade’ é o ponto de encontro entre o teatro e o cinema, enquanto o cineasta John Cassavetes é a grande inspiração para essa busca”, explica Fischer. Os participantes da oficina poderão assistir, gratuitamente, o espetáculo ‘Misanthrofreak’.
RODRIGO FISCHER
Idealizador e diretor do Grupo Desvio, é graduado em interpretação teatral (2006), mestrado (2008) e doutorado em Processos Composicionais para a Cena (2015) pela Universidade de Brasília, atualmente realiza o pós-doutorado pela mesma instituição. Atua também como professor pesquisador do Departamento de Pós Graduação em Artes Cênicas da UnB. Há 15 anos, dirige o Grupo Desvio. Fora do Desvio dirigiu: Sexton (2013); Festim Diabólico e Vilarejo Distante; Terapia de Risco; e 2+2=2, a convite da Akhmeteli Theatre de Tbilisi, Geórgia (EUA). Como ator, trabalhou em A história de Jerry e o Cachorro (2007), de Edward Albee, dirigida por Diego Bresani, e Os Demônios(2008), de Fiódor Dostoiévski, dirigida por Antônio Abujamra e Hugo Rodas. Atuou também no cinema, em parceria com o coletivo Alumbramento. Em 2015, protagonizou o filme Último Trago, dirigido por Luiz Pretti, Pedro Diógenes e Ricardo Pretti.
MISANTHROFREAK
Estreado em Nova York em 2013, apresentado em cinco países, vencedor do Prêmio Sesc de Teatro Candango de melhor espetáculo de 2014, é um dos trabalhos mais emblemáticos do Grupo Desvio, de Brasília. Criado, dirigido e atuado por Rodrigo Fischer, o espetáculo propõe a busca de novas possibilidade de performance a partir da junção de teatro, cinema e novas tecnologias. Unindo os termos ‘misantropia’ (aversão ao ser humano) e ‘freak’ (em inglês, aberração), o espetáculo relata a angústia de um artista que tenta contar uma história operando sozinho no palco todos os recursos de tecnologia por meio de um controle remoto: iluminação, som, câmera, projeções... Entre o poético e o patético, na tentativa de se expressar, ele é confrontado com uma série de falhas, frustrações e a dificuldade de tomar decisões. Desestabilizado frente ao iminente fracasso, ele vivencia uma transformadora experiência de ressignificação do erro. No Rio de Janeiro, as apresentações acontecem de 15 a 18 de dezembro de 2016 (qui, sex e sáb, às 20h; dom às 19h.), na Sede das Cias, com ingressos a R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia). O espetáculo tem duração de 55 min. e indicação etária de 12 anos. O projeto de circulação da peça, já apresentada em Belo Horizonte e São Paulo, é financiado pelo Fundo de Apoio à Cultura do Distrito Federal.
SERVIÇO
Oficina de teatro
Atuação entre o teatro e o cinema: a performatividade do instante Com o ator e diretor Rodrigo Fischer, do Grupo Desvio, de Brasília
Dias: 16 e 17 de dezembro de 2016
Hora: das 13h às 18h
Carga horária total: 10 horas
Local: Sede das Cias
Endereço: Rua Manuel Carneiro, 12 - Escadaria Selarón – Lapa – Rio de Janeiro
Tel.: 21 9 8644 1515
Vagas: 20 participantesInscrição gratuita mediante envio de currículo para o email: clauproducao@gmail.com
Patrocínio: Fundo de Apoio à Cultura (FAC)
Atuação entre o teatro e o cinema: a performatividade do instante Com o ator e diretor Rodrigo Fischer, do Grupo Desvio, de Brasília
Dias: 16 e 17 de dezembro de 2016
Hora: das 13h às 18h
Carga horária total: 10 horas
Local: Sede das Cias
Endereço: Rua Manuel Carneiro, 12 - Escadaria Selarón – Lapa – Rio de Janeiro
Tel.: 21 9 8644 1515
Vagas: 20 participantesInscrição gratuita mediante envio de currículo para o email: clauproducao@gmail.com
Patrocínio: Fundo de Apoio à Cultura (FAC)
Prêmio Cesgranrio de Teatro
Indicados do 2º Semestre de 2016
Melhor Direção
Ana Teixeira e Stéphane Brodt ("Os cadernos de Kindzu")
André Curti e Artur Luanda Ribeiro ("Gritos)
Luiz Felipe Reis ("Amor em 2 atos")
Melhor Ator
Marcos Caruso ("O escândalo Philippe Dusart")
Otto Jr. ("Amor em 2 atos")
Bruno Mazzeo ("5 x comédia")
Melhor Atriz
Fabíola Nascimento ("5 x comédia")
Grace Passô ("Vaga carne")
Claudia Mauro ("A vida passou por aqui")
Melhor espetáculo
"Os cadernos de Kindzu"
"Gritos"
"Vaga carne"
Melhor Cenografia
José Dias ("Boa noite, professor")
André Curti e Artur Luanda Ribeiro ("Gritos")
Bel Lobo e Bruce Gomlevski ("Demônios")
Melhor Iluminação
Nadja Naira ("Vaga carne")
Artur Luanda Ribeiro e Hugo Mercier ("Gritos")
Paulo Cesar Medeiros ("Imagina esse palco que se mexe")
Melhor Figurino
Cássio Brasil ("5 x comédia")
Paula Ströher ("Tran-se")
Marcelo Olinto ("A invenção do amor")
Melhor Texto Nacional Inédito
Grace Passô ("Vaga Carne")
Claudia Mauro ("A vida passou por aqui")
Felipe Vidal ("Cabeça")
Categoria Especial
Eduardo Rieche - pelo livro "Yara Amaral: uma operária do teatro"
Grupo Nós do Morro - pelos 30 anos de existência
Tato Taborda - por suas criações musicais nos espetáculos "Boa noite, professor", "Céus" e "Imagina esse palco que se mexe"
Melhor Direção Musical
Felipe Vidal e Luciano Moura ("Cabeça")
Alexandre Elias ("Chica da Silva")
Melhor Ator em Musical
Hugo Bonemmer ("Ordinary days")
Melhor Atriz em Musical
Vilma Melo ("Chica da Silva")
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Indicados do 2º Semestre de 2016
Melhor Direção
Ana Teixeira e Stéphane Brodt ("Os cadernos de Kindzu")
André Curti e Artur Luanda Ribeiro ("Gritos)
Luiz Felipe Reis ("Amor em 2 atos")
Melhor Ator
Marcos Caruso ("O escândalo Philippe Dusart")
Otto Jr. ("Amor em 2 atos")
Bruno Mazzeo ("5 x comédia")
Melhor Atriz
Fabíola Nascimento ("5 x comédia")
Grace Passô ("Vaga carne")
Claudia Mauro ("A vida passou por aqui")
Melhor espetáculo
"Os cadernos de Kindzu"
"Gritos"
"Vaga carne"
Melhor Cenografia
José Dias ("Boa noite, professor")
André Curti e Artur Luanda Ribeiro ("Gritos")
Bel Lobo e Bruce Gomlevski ("Demônios")
Melhor Iluminação
Nadja Naira ("Vaga carne")
Artur Luanda Ribeiro e Hugo Mercier ("Gritos")
Paulo Cesar Medeiros ("Imagina esse palco que se mexe")
Melhor Figurino
Cássio Brasil ("5 x comédia")
Paula Ströher ("Tran-se")
Marcelo Olinto ("A invenção do amor")
Melhor Texto Nacional Inédito
Grace Passô ("Vaga Carne")
Claudia Mauro ("A vida passou por aqui")
Felipe Vidal ("Cabeça")
Categoria Especial
Eduardo Rieche - pelo livro "Yara Amaral: uma operária do teatro"
Grupo Nós do Morro - pelos 30 anos de existência
Tato Taborda - por suas criações musicais nos espetáculos "Boa noite, professor", "Céus" e "Imagina esse palco que se mexe"
Melhor Direção Musical
Felipe Vidal e Luciano Moura ("Cabeça")
Alexandre Elias ("Chica da Silva")
Melhor Ator em Musical
Hugo Bonemmer ("Ordinary days")
Melhor Atriz em Musical
Vilma Melo ("Chica da Silva")
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sábado, 3 de dezembro de 2016
SEDE
DAS CIAS EM RESISTÊNCIA
Mostra
artística independente leva à Lapa programação
cultural de fôlego e gratuita durante quatro
dias
Dos dias 09 a 12 de dezembro, a mostra ATOS EM RESISTÊNCIA traz
espetáculos, shows, performances, filmes, leituras, debates, exposição, oficina
e processos à Sede das Cias, na Lapa. Com trabalhos artísticos independentes, o
evento é um ato de resistência política, artística e da própria Sede, que se
mantém sem patrocínio desde meados deste ano. ATOS EM RESISTÊNCIA tem idealização, coordenação e
curadoria de Cesar Augusto e Ivan Sugahara, com a parceria do movimento Teatro
pela Democracia, e põe em foco as novas formas de
produção cultural em tempos de crise. Todos os artistas participantes têm
relação com o espaço ou com a maneira independente e pró-ativa de produção de
cultura no Brasil.
Bia Lessa, Julia Murat, Moacir Chaves, Cia dos Atores,
Caio Prado, Soraya Ravenle, Laila Garin, Ivan Sugahara, Cristina Flores, Álamo
Facó, Felipe Vidal, entre
outros nomes, apresentam trabalhos e reflexões em ocupação total da casa e
algumas atividades se estendem à Escadaria Selarón. Todas as atrações são
gratuitas e abertas ao público, com distribuição de senhas meia hora antes
de cada atração. Uma cota antecipada de ingressos será distribuída sempre no
início das atividades diárias: às 17h na sexta e
segunda e às 13h no sábado e domingo.
A Mostra abre a programação na
sexta-feira, dia 09, às 17h, com a vernissage da exposição Ifutisu do fotógrafo Dalton Valério. Às 18h, Cinema em
Resistência reúne a exibição de trechos de três filmes ainda
em produção e um debate com os diretores Douglas Duarte, Julia Murat e Paula
Fabiana, com mediação de Julia Levy. Dando sequência, às 20h30, o teatro
recebe o processo do espetáculo Fora
da Caixa, com direção de Ivan Sugahara. A última atração do dia é a
peça Cabeça – um documentário cênico,
de Felipe Vidal, às 22h. A montagem esteve em cartaz em novembro no Sesc
Ginástico, e realizou seus ensaios na Sede das Cias.
A Oficina da Cia dos Atores, realizada
por Cesar Augusto e Marcelo Olinto, inicia a programação do sábado, dia 10, às
10h. Os participantes deverão se inscrever previamente pela internet. Às 14h,
será exibido Então Morri,
novo filme de Bia Lessa, que teve sua estreia no Festival do Rio deste ano.
Após a exibição do longa, às 16h, tem início o Ciclo Teatro pela Democracia de Leituras e Debates. O ciclo
acontecerá ao longo dos três últimos dias da mostra, com um tema guiando o
programa de cada dia. Neste dia, o tema Mídia e Sociedade conjuga
uma leitura da peça O Beijo no Asfalto,
de Nelson Rodrigues, sob a direção de Inez Viana, e um debate conduzido pela
jornalista Claudia Antunes, com mediação de Angela Leite Lopes. Às 19h, a atriz
Soraya Ravenle apresenta o processo do espetáculo Instabilidade Perpétua, no
jardim da casa. Às 20h30, a peça Se
eu fosse Iracema, com Adassa Martins, será apresentada no teatro. Logo
após, o Cabaré Diferentão, de Isabel Chavarri, encerra a programação do
dia, às 22h.
No domingo, dia 11, a casa abre com a
continuação da Oficina da Cia dos Atores, das 10h às 13h. O resultado da
oficina será apresentado ao público às 14h, na Escadaria Selarón. Na sequência,
às 15h15, o teatro recebe a performance P.S
(post scriptium cênico), de Tati Caltabiano. Às 16h, o segundo dia do Ciclo Teatro pela Democracia, com o
tema Política e Religião, apresenta uma leitura da peça As Bruxas de Salém, de Arthur
Miller, seguida de debate com a cientista social Regina Novaes, mediado por Angela
Leite Lopes. Em seguida, às 19h, a performance Jardim Proibidão, de Cristina Flores, será realizada no
jardim. Às 20h30, o ator Álamo Facó apresenta o processo de seu novo espetáculo
Trajetória Sexual. O show dos
artistas Caio Prado e Federico Puppi
encerra as atividades do dia, às 22h30.
Na segunda-feira, dia 12, a programação tem início
às 17h com o debate Novas formas de produção cultural, com o ator
e diretor Arthur Luanda Ribeiro, da cia. Dosàdeux, a produtora francesa Louiza
Temal, o diretor Renato Rocha, o produtor Sergio Saboya e mediação de Cesar
Augusto. Às 19h, o último dia do Ciclo
Teatro pela Democracia reflete sobre o tema Estado de Exceção,
com a leitura da peça O Rinoceronte,
de Eugène Ionesco, sob a direção de Ivan Sugahara e debate com as historiadoras
Dulce Pandolfi e Isabel Lustosa e mediação de Ângela Leite Lopes. Como
encerramento das atividades da mostra ATOS
EM RESISTÊNCIA, o teatro recebe às 22h o show de Laila Garin com a banda A Roda.
SERVIÇO
Sede das
Cias
Rua Manoel
Carneiro, 12 (Escadaria Selarón) - Lapa
PROGRAMAÇÃO
Sexta-feira, dia 09/12
17h – Vernissage [FOYER]
Abertura da exposição fotográfica Ifutisu, de Dalton Valério
18h às 20h – Filme + Debate [SALA BEL GARCIA]
Cinema em
Resistência
Exibição de trechos de filmes em finalização + debate
com os diretores
Diretores: Paula Fabiana – Filme Manifesto (Golpe de
Estado)
Douglas
Duarte – Excelentíssimos
Julia
Murat e Miguel Ramos – Opinião Publicada
Mediação: Julia Levy
20h30 às 21h30 – Processo [SALA BEL GARCIA]
Espetáculo: Fora
da Caixa
Direção: Ivan Sugahara
Dramaturgia: Claudia Mele e Ivan Sugahara
Com Catarina Saibro, Cristina Lago, Fábio Cardoso,
Rebecca Leão, Ricardo Cabral e Thiago Ristow
22h às 00h – Espetáculo [SALA BEL GARCIA]
Espetáculo: Cabeça
– um documentário cênico
Direção e Dramaturgia: Felipe Vidal
Com Felipe Antello, Felipe Vidal, Guilherme Miranda, Gui Stutz,
Leonardo Corajo, Lucas Gouvêa, Luciano Moreira e Sergio
Medeiros
00h às 02h – Lounge [JARDIM]
Sábado, dia 10/12
10h às 13h – Oficina [SALA BEL GARCIA e ESCADARIA]
Com Cia dos
Atores (Cesar Augusto e Marcelo Olinto)
Inscrições deverão ser realizadas previamente pela
Internet
14h às 15h45 – Filme [SALA BEL GARCIA]
Filme: Então
Morri
Direção: Bia Lessa
16h às 18h45 – Leitura + Debate [SALA BEL GARCIA]
Ciclo Teatro
pela Democracia - Tema: Mídia e
Sociedade
Peça: O Beijo
no Asfalto (de Nelson Rodrigues)
Direção: Inez Viana
Debatedores: Inez Viana e Claudia Antunes
Mediação: Angela Leite Lopes
19h às 20h30 – Processo [JARDIM]
Espetáculo: Instabilidade
Perpétua
Com Soraya Ravenle
Direção de Daniela Visco, Georgette Fadel, Julia
Bernat e Stella Rabello
A partir da obra homônima de Juliano Garcia Pessanha
21h às 22h – Espetáculo [SALA BEL GARCIA]
Espetáculo: Se
eu fosse Iracema
Com Adassa Martins
Direção: Fernando Nicolau
Dramaturgia: Fernando Marques
22h30 às 23h30 – Show de Variedades [SALA BEL GARCIA]
Espetáculo: Cabaré
Diferentão
Direção: Isabel Chavarri
23h30 às 02h – Lounge [JARDIM]
Domingo, dia 11/12
10h às 13h – Oficina [SALA BEL GARCIA e ESCADARIA]
Com Cia dos
Atores (Cesar Augusto e Marcelo Olinto)
Inscrições deverão ser realizadas previamente pela
Internet
14h às 15h – Resultado Oficina [SALA BEL GARCIA e ESCADARIA]
Resultado da Oficina com Cia dos Atores
15h15 às 15h45 – Performance [SALA BEL GARCIA]
Performance: P.S
(post scriptium cênico)
Direção: Tati Caltabiano
16h às 18h45 – Leitura + Debate [SALA BEL GARCIA]
Ciclo Teatro
pela Democracia - Tema: Política
e Religião
Peça: As Bruxas
de Salém (de Arthur Miller)
Direção: Moacir Chaves
Debatedores: Regina Novaes e Moacir Chaves
Mediação: Angela Leite Lopes
19h às 20h15 – Performance [JARDIM]
Performance: Jardim
Proibidão
Direção e Dramaturgia: Cristina Flores
Com Ana Abbott, Cristina Flores, João Marcelo
Iglesias, Nara Parolini, Thiago Gallego e Tracy Segal
20h30 às 21h30 – Processo [SALA BEL GARCIA]
Espetáculo: Trajetória
Sexual
Direção e Dramaturgia: Álamo Facó
Com Álamo Facó
21h30 às 22h30 – Show [SALA BEL GARCIA]
Com Caio Prado
e Federico Puppi
22h30 às 00h – Lounge [JARDIM]
Segunda-feira, dia 12/12
17h às 18h45 – Debate [JARDIM]
Tema: Novas
formas de produção cultural
Com: Artur Luanda Ribeiro + Louiza Temal + Renato Rocha + Sérgio Saboya
Mediação: Cesar Augusto
19h às 21h45 – Leitura + Debate [SALA BEL GARCIA]
Ciclo Teatro
pela Democracia - Tema: Estado de
Exceção
Peça: O
Rinoceronte (de Eugène Ionesco)
Direção: Ivan Sugahara
Debatedores: Dulce Pandolfi e Isabel Lustosa
Mediação: Angela Leite Lopes
22h às 23h – Show [SALA BEL GARCIA]
Com Laila Garin
e A Roda
23h às 00h – Lounge [JARDIM]
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sexta-feira, 2 de dezembro de 2016
DUETTO COMUNICAÇÃO, UTOPIA PRODUÇÕES E O 20º FESTIVAL DE TEATRO DO RIO CONVIDAM
para o ENCONTROS PARA A CULTURA, com a mesa intitulada A PREPARAÇÃO, A CONSTRUÇÃO, A CRIAÇÃO E A PUBLICAÇÃO DA CRÍTICA TEATRAL CARIOCA EM 2016, a ser realizada no dia 5 de dezembro, segunda-feira, das 14h às 17h, com a participação de Leonardo Torres (Teatro Em Cena), Renata Magalhães (VejaRio), Renato Mello (Botequim Cultural) e Rodrigo Monteiro (Crítica Teatral). Mediação de Tânia Brandão (Folias Teatrais).
Local:
Escola de Teatro da UNIRIO - Sala de Audiovisual
Av. Pasteur, 436 - fundos - Prédio III - Sala 401 - Urca - Rio de Janeiro / RJ
Entrada gratuita.
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