quarta-feira, 5 de junho de 2013

Sturm und Drang


Como surgiu o movimento artístico Sturm und Drang

         
          Um grupo de jovens intelectuais unidos em torno de Herder, conhecido como a “geração de 1750”— Goethe, Schiller(1759-1805), Klinger (1752-1831), Lenz (1750-1792), entre outros — iniciou um movimento sem precedentes, o Sturm und Drang (denominação tirada do título da peça de Klinger, Tempestade e Ímpeto).

Características do movimento

          O movimento se opunha ao Iluminismo, que dominava a cultura européia da época. Este afirmava o predomínio da razão sobre os demais valores do homem e do mundo.

          Já o movimento Sturm und Drang colocou a vida como valor supremo e recusou todas as normas que, embora válidas racionalmente, pudessem limitar o desenvolvimento individual.

Rompendo conceitos

          O Sturm und Drang rompeu violentamente com conceitos e esquemas que regulavam as relações individuais e sociais, políticas e morais. Repercutiu profundamente na arte, proclamando a liberdade absoluta do artista, cuja produção haveria de ser expressão do seu poder criador e não fruto da obediência a preceitos e técnicas formais preestabelecidos.

          A genialidade do artista é que ditaria as normas para as suas obras. O ímpeto com que os iniciadores do movimento defendiam essas idéias suscitou, na Alemanha, uma verdadeira revolução em todos os campos da cultura e da vida.

Na literatura

          A aceitação foi completa e apaixonada. A produção literária na Alemanha não tinha, até então, uma nítida fisionomia de originalidade, eis que se ressentia da influência francesa.

          A própria língua não era prestigiada: “uma língua boa para os cavalos e para rezar”, costumava dizer o Rei Frederico II da Prússia, que, em julho de 1775, escrevia a Voltaire: “É preciso esperar que a natureza propicie o nascimento de verdadeiros gênios. O solo que produziu um Leibniz pode produzir outros. Eu não verei esses belos dias de minha pátria, mas prevejo essa possibilidade”.

           Era falsa a profecia do rei. A possibilidade se concretizaria nesse mesmo ano, quando foram publicados o Werther e os primeiros dramas de Goethe. Em seguida, aparece Os Bandoleiros, de Schiller. De um momento para outro, “a geração de 1750″ projeta no exterior uma literatura que nunca fora significativa. E agora os papéis se invertem: os escritores alemães passam a influir sobre a produção de outros povos.

Tempestade e ímpeto!

          O Sturm und Drang é, pois, um movimento de caráter nacional que desencadeia o Romantismo. Goethe é a figura mais destacada, por sua força vital e criadora, ao mesmo tempo reflexiva e turbulenta. Torna-se a personalidade mais notável de Strasburg e sua fama ultrapassa as fronteiras da Alemanha. Homens célebres e mais velhos solicitam sua amizade. Suas obras são discutidas e aplaudidas. É o começo impetuoso de uma projeção literária que não haveria de declinar.
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Este artigo foi extraído de um blog cujo nome não me foi possível identificar. (LF)

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