quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

PERSONALIDADES - I





IBSEN, Henrik (1828-1906)


Autor dramático norueguês, maior representante do teatro naturalista, considerado o pai do teatro moderno. De 1851 a 1856 dirigiu o teatro de Bergen, onde testou a eficácia de algumas de suas obras. A primeira etapa de sua produção artística revela a influência do movimento romântico norueguês, com temas procedentes das lendas e da história de seu país - dentre outras, Catilina, A noite de São João, Os guerreiros em Helgoland. Logo em seguida, uma bolsa do Estado permitiu a Ibsen dedicar-se por completo a seu trabalho criador, levando-o a viajar para Roma, onde escreveu seus grandes dramas simbólico-filosóficos em versos - Brand e Peer Gynt - que não obtiveram maior repercussão, entre outras coisas pelas enormes dificuldades que impunham para serem encenados. Imperador e Galileu, drama histórico, marca a transição para o drama social burguês, característico de sua terceira etapa. Nela destacam-se Os pilares da sociedade, Casa de bonecas, Espectros, O pato selvagem, Romersholm, Hedda Gabler, Um inimigo do povo. Apoiado em uma sólida estrutura dramática (a peça bem feita), assimilada de alguns autores franceses (Sardou, Scribe), e no drama de idéias naturalistas, Ibsen descreve e faz uma crítica implacável da sociedade de sua época. Seus principais temas são o desmascaramento do ideal burguês, a relação entre casamento e amor, o conflito de gerações, a situação da mulher na sociedade burguesa etc. Em seus últimos dramas - A mulher do mar, O pequeno Eyolf, John Gabriel Borkman e Quando nós, os mortos, despertarmos - Ibsen retorna ao mundo simbólico e poético de Brand e Peer Gynt.


IONESCO, Eugène (1912-1994)


Autor dramático romeno-francês. Passou a infância em Paris e a juventude na Romênia. Dedicou-se ao teatro após uma etapa como escritor e ensaísta em Paris. Considerado um dos principais representantes do Teatro do Absurdo, converteu-se, depois de uma fase inicial de não-aceitação pelo público, em um dos autores mais representados em todo o mundo. Valendo-se de meios e experimentos do dadaismo e do surrealismo, iniciou sua carreira com uma série de peças em 1 ato - A cantora careca, A lição, As cadeiras, Vítimas do dever, Jacques ou a submissão -, que surpreenderam por sua irrealidade, obsessão e humor grotesco. A esta primeira fase mais experimental pertencem a peça em três atos Amadeu e os textos curtos O quadro, O novo inquilino, O improviso da alma. Com Assassino sem recompensa inicia uma segunda fase criadora, em que afirma sua posição antirealista e crítica, afora sua visão absurda da existência. Desse período constam, entre outras, O rei morre e uma de suas obras mais conhecidas, O rinoceronte.


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